segunda-feira, 7 de maio de 2012

BREVE HISTÓRICO DA MORADIA


CASA DA  CASCATA - Frank Lloyd Wright


Desde o seu surgimento, o homem sempre esteve à procura de um local para se resguardar das intempéries e dos perigos ameaçadores. Sob vegetação, no interior de cavernas, ou em qualquer local que os mantivessem abrigados, nossos antepassados criaram o que hoje chamamos de moradia.
Assim como toda a história da humanidade, a moradia passou por processos de evolução e adaptação do homem. Hoje, há diversas formas e modelos de construção catalogados.
Na Grécia Antiga, a casa voltava-se para dentro: acontecia ao redor de um páteo interno, e os cômodos voltados para fora eram dos chefes de família e homens da casa. Eles eram os guardiões do lar. Já as casas romanas apresentavam diversidades em seu formato, tamanho e caráter, assim como as classes sociais.
Na Idade Média, a configuração das casas européias também apresentava estilos variados, conforme as divisões de classes sociais. Mais comumente eram construídas casas com um cômodo somente, onde eram realizadas todas as funções.
Seguindo a cronologia, na Idade Moderna, o homem vai moldando o meio em que vive de acordo com suas vontades e novas necessidades. Grandes edificações vão tomando o lugar das construções mais antigas.
No século XVII, a privacidade ainda não estava presente nas casas, que eram como grandes galpões, sem divisões internas.
Mais adiante, a cortina estabelece um novo compartimento: o quarto de dormir - era compartilhado por todos os moradores da casa. O surgimento da intimidade logo evolui e aparecem, então, as áreas social, de serviço e íntima (tripartição burguesa européia do século XIX). A cozinha ganha um espaço próprio e os membros da família passam a ter seus quartos separados. Da mesma forma, os criados e empregados têm seus cômodos distintos. Surgem as salas de refeições, de espera, de música, tantos aposentos quanto forem necessários à família moradora da casa. Assim como os cômodos, móveis e objetos de decoração vão tomando seus lugares na residência.
A casa torna-se, então, um lar.
No século XX, o arquiteto Frank Lloyd Wright questiona o conceito básico de moradia, e, redefinindo o conceito do espaço interior, reduz o número de paredes internas e organiza o espaço de forma a criar um ambiente interior único. Surge a arquitetura moderna.
Chegando ao século XXI, a moradia, que na sua origem  não tinha pretensão maior que "abrigar" seu construtor, aparece de forma mais personalizada, onde cada ambiente demonstra características próprias de quem faz uso dele. 
A ordem é inovar, promover um ambiente criativo, aconchegante, belo, pessoal e que seja “ecologicamente correto”.
Como dizia Tim Maia, agora, "vale tudo"!